domingo, 19 de julho de 2009

Tira Dúvida

Você sabe o que são curvas de nível? A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de um terreno. Então a curva de nível é a curva traçada sobre um mapa que une todos os pontos com a mesma cota ou altitude. Com as curvas de nível são construídos os mapas topográficos, as curvas de nível são uma maneira inteligente de se ter uma representação bidimensional transformada facilmente em representação tridimensional. Com um trabalho em massinha feito em uma das turmas de ensino fundamental (6° ano, antiga quinta série), é possível explicar aos alunos como funciona uma curva de nível e suas propriedades que são: § Todos os pontos situados sobre uma curva tem a mesma cota ou altitude § Duas curvas de nível não podem se tocar ou se cruzar. Matematicamente uma curva de nível pode ser definida como sendo a curva produzida pela intersecção de um plano horizontal com a superfície do terreno.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O BRIC

A sigla Bric, que é um acróstico de Brasil Rússia Índia China foi criada por um economista (Jim O´Neil – do Goldman Sachs em 2001), que a utilizou para definir o grupo de países considerado pelos especialistas, como de economia promissora. O´Neil agora assiste aos líderes destes quatro estados afirmar para o mundo sua confiança no futuro e nos prognósticos da Economia. O Brasil, a Rússia, a China e a Índia vêm provando desde antes da criação do termo, que se reconhecem como economias emergentes, e numa clara demonstração de pretender ser mais que uma sigla de relatórios econômicos e textos acadêmicos compareceram a um encontro na cidade russa de Ecaterimburgo, no último dia 16-06-09. Costurar acordos diplomáticos que favoreçam e fortaleçam o BRIC, não é tarefa impossível, mas é menos simples do que protestar publicamente o apoio mútuo. Alguns interesses conflitam, o Brasil, por exemplo, quer se fortalecer politicamente e busca assento no Conselho de Segurança da ONU, o que a China e Rússia já tem. E por motivos diversos nem China, nem Rússia demonstram entusiasmo quanto a esta pretensão brasileira, a China por que teme que novos membros fortaleçam a posição do Japão (um seu inimigo histórico), a Rússia é européia demais, central demais... Talvez não para estabelecer parcerias com um país ao Sul, e do Sul, mas muito certamente para querer, de pronto, dividir poder e decisão num fórum como a ONU. A Rússia, por sua geologia é grande na produção de petróleo, gás, carvão, o Brasil é grande nos agronegócios, a China produz de tudo em quantidades proporcionais a seu tamanho, e a Índia é destaque nas tecnologias. Cada país tem realce em diferentes setores, e em alguns pontos divergirão de modo peremptório. Nada que não possa vir a ser superado, se os interesses que os aproxima falarem mais alto que as divergências. Afinal, o jogo da política é um tabuleiro onde cabem bem mais que dois jogadores e um sem-número de estratégias é cabido. Aqueles que comentam e assistem desde o início esta partida, têm feito suas apostas... Uma Olimpíada em 2008, uma Copa do Mundo em 2014, um circuito que orienta os olhos do mundo e quer prosseguir até 2018 na Rússia. Quanto ao Brasil...O Brasil é uma democracia consolidada, um país de significativa extensão territorial, 190 milhões de uma população que fala um só idioma, e que elegeu (e reelegeu), um representante carismático que se ajusta perfeitamente, por sua trajetória política e história pessoal, aos termos superação e promessa. Assim o Brasil, supera e ganha importância no Cone Sul, supera e ouve do representante máximo dos EUA que seu presidente “é o cara”, supera e mantém algum equilíbrio durante a crise econômica global – provando a força de suas instituições e a diversidade de sua economia. Promete e apresenta ao mundo o pré-sal, e o álcool combustível (que vale como um MDL), promete porque conta com uma população adaptável e ainda jovem, promete como força em ascensão no campo de alimentos, promete e esconjura o fantasma do FMI de tão assustadora memória... Este Brasil de superação e promessa fica devendo muito ainda, pois é também um Brasil de fisiologismos e de infraestrutura viária deficiente, um Brasil de justiça morosa, um país de violências e segregações, dados que põe em alerta o capital financeiro, mas não o afasta. É fato inegável que o mundo anda atraído pelo Brasil. O Brasil vem sendo levado a sério por muitos e por muitos motivos, alguns deles explanados neste texto, se também passar a se levar a sério e investir na construção do novo, livre dos elementos que lhe remetem ao passado, o prognóstico de O´Neil se tornará uma oportuna realidade.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Veja a cronologia do programa nuclear da Coreia do Norte fonte: Folha de São Paulo -25\05\2009 Agosto de 1998 - Coreia do Norte lança um míssil contra o Japão, que caiu no oceano pacífico. Na época, o governo afirmou que se tratava de um satélite. Setembro de 1999 - Coreia do Norte começa a fazer testes com mísseis de longo alcance. 2001 Junho - Coreia do Norte ameaça os Estados Unidos que iriam recomeçar os testes envolvendo mísseis, caso não houvesse uma normalização nas relações entre os dois países. Julho - Departamento de Estado americano relata informações de testes envolvendo mísseis de longo-alcance pela Coreia do Norte. 2002 Setembro - Coreia do Norte pede para o Japão estender o prazo para testes com mísseis após 2003 10 de janeiro - Coreia do Norte anuncia retirada do programa nuclear. 10 de março - Coreia do Norte lança míssil em água da costa leste entre a Coreia do Sul e o Japão. Outubro - Coreia do Norte lança dois mísseis de um navio. Toru Hanai/Reuters Japão posicionou tropas na expectativa de um ataque iminente e ameaçou revidar 2004 Maio - Coreia do Norte reafirma que tentará acordo com o Japão para a liberação dos testes nucleares. 2005 Maio - Coreia do Norte lança míssil no mar do Japão. 2006 8 de março - Coreia do Norte faz o lançamento de dois mísseis. 18 de junho - Coreia do Norte pede apoio militar e governo dos Estados Unidos acusa o país de provocar uma guerra. 5 de julho - Coreia do Norte lança vários mísseis no mar do Japão, incluindo os modelos de longa distância Taepodong-2. 15 de julho - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotou a resolução número 1695 que proíbe o programa nuclear da Coreia do Norte. 9 de outubro - Coreia do Norte realiza testes secretos nucleares, citando que os Estados Unidos representam um "grande ameaça nuclear". 15 de outubro - O Conselho de Segurança da ONU adota a resolução 1718 que condena os testes e impõe sanções a Coreia do Norte por manter atividades nucleares em sigilo. 02.mar.09/Reuters Forças de Defesa do Japão estão em alerta após anúncio de lançamento de foguete pelo governo da Coreia do Norte 2007 14 de julho - Coreia do Norte fecha o principal reator nuclear Yongbyon e começa a desabilitá-lo. 2008 27 de junho - Coreia do Norte destrói a torre do Yongbyon. 19 de setembro - Coreia do Norte promete restaurar chave de reator atômico. 11 de outubro - Estados Unidos retira a Coreia do Norte da lista de países com ameaça ao terrorismo. 2009 Fevereiro dia 15 - Coreia do Norte alega ter direito a desenvolver programas espaciais. dia 23 - Coreia do Sul afirma ter uma gravação que comprova que Pyongyang tem mísseis voltados para o norte da Austrália. Março dia 11 - Coreia do Norte afirma que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril. Abril dia 5 - Coreia do Norte lança míssil da base Musundan-ri na costa norte do país. dia 29 - Coreia do Norte ameaça realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil de alcance intercontinental. A ameaça é reação à condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5. Maio dia 25 - Coreia do Norte confirma realização de segundo teste nuclear. Antes disso, teste foi realizado em outubro de 2006. Fonte Folha de São Paulo, 25\05\2009

domingo, 31 de maio de 2009

Nossas discussões em Geografia

O que é preciso saber sobre a República Popular Democrática da Coreia - RPDC
para formular muitas perguntas e talvez responder umas poucas... prof. laurentina menezes valentim
Olhe em seu Atlas: as Coréias são uma península situada ao norte do paralelo 30 graus, avançando sobre o mar do Japão. Têm seu território associado fisicamente a China em sua porção NE, as altitudes médias de seus terrenos não ultrapassam os 1500m. O ponto mais elevado do país está a 2700m. Trata-se portanto de terrenos de baixa altitude e relevo suave (colinas e montanhas). O clima predominante é o temperado continental caracterizado por estações climáticas bem demarcadas, verões moderados e inverno frio, com temperaturas no período chegando aos ─ 2 graus C. Sua localização junto as bordas das placas Euroasiática e das Filipinas lhe confere alto grau de instabilidade geológica. Ali se dá uma zona de convergência entre placas (consulte seu livro pág 71.), a região é, portanto, sujeita a sismos como terremotos e vulcanismo.
A situação política da Coreia do Norte é muito particular; suscita interesse sua divisão em dois estados, quase que precisamente pelo paralelo de 38 graus. Na fronteira entre as duas Coréias encontra-se uma zona militarizada que reúne um grupo maior que 1.000.000 de soldados entre norte-coreanos, sul-coreanos e norte-americanos. A existência desta zona militarizada está ancorada na história recente da Coréia, assim resumida:
  • Japoneses ocupam a Coréia (unificada ainda, sem cisão entre Coreia do Norte e Coreia do Sul), explorando-a, até a Segunda Grande Guerra.
  • Ao final da Segunda Guerra a região é ocupada pelos russos em sua porção Norte e pelos norte-americanos em sua porção Sul. A guerra ideológica travada entre americanos e soviéticos germina a guerra da Coreia e deixa o país em ruínas.
  • No ano de 1953, termina a guerra na Coreia, mas os conflitos políticos sucedem. Ocorrem tambem governos militares duríssimos instaurados na Coreia do Sul.
  • A ocorrencia da Guerra Fria, explica a presença dos militares norte-americanos na zona militarizada entre as fronteiras coreanas.
  • A Coreia do Norte mantém sua orientação política associada aos ideais socialistas e por este motivo, tem uma relação comercial e diplomática delicada com países do entorno, incluído aí o Japão bem como com aqueles, que sustentam relação diplomática e comercial com os EUA. A China, que tem um Socialismo de Mercado, ainda lhe empresta parceria.
  • Coreia do Norte e Coreia do Sul são um retalho do mundo bipolar no Pacífico.
Registra a governo norte-coreano, que os EUA obstaculizam a reunificação pacífica entre as duas Coréias, insistindo em ter algum comando sobre o território. O governo norte-coreano rejeita firmemente a idéia de os EUA terem alguma ingerência sobre a região, e quer afastar de uma vez por todas sua presença do local. Quanto aos testes com armas nucleares, ao que parece o que motiva o governo norte-coreano é anunciar ao mundo sua força e insubordinação ao papel de xerife global, de que se investe o estado norte-americano.
Pyongyang descumpre acordos, não dá atenção as advertências do Conselho de Segurança da ONU, aponta e dispara mísseis na direção do Japão, anuncia que abandonará programas e pesquisa nucleares para em seguida, queixar-se publicamente que os Estados Unidos não podem ser os únicos a deterem armas de destruição em massa. Retoma, então os programas, reinicia pesquisa, realiza testes... Prossegue afirmando que o país não pode permanecer em paz enquanto as tropas norte-americanas não se retirarem. O governo vocifera, que não reconhece nenhum outro estado soberano na península que não o norte coreano pois a Coreia do Sul não passaria de uma colônia norte-americana. Sublinha também que os Estados Unidos da América promovem a demonização da Coreia, para mais uma vez justificar uma invasão sob o slogan “A Coreia do Norte é uma AMEAÇA”. As bombas da Coreia do Norte deixam o mundo inquieto e as tropas norte americanas e sul-coreanas acendem a luz de alerta na península. Voos de vigilância e atenção total, pois o cessar fogo de 1953 não está mais valendo. Tudo do mesmo de novo -, devemos nos indagar. Talvez não; parece que os EUA não se encontram em condições de partir para o confronto com a mesma boa disposição que já o fizeram em outras ocasiões... O governo tem novas cores e, soldados com perfil de Clarck Kent, morrendo ou torturando (tanto faz), não resultam num bom episódio. O norte-americano médio está suando diante da crise, diante da instabilidade e da ameaça que paira sobre seu emprego e padrão de consumo. Atravessou períodos de perdas sucessivas: com o ataque as Torres Gêmeas, a política fracassada de Bush que acirrou o antiamericanismo, o erro de estratégia no Iraque, enfim. .. Talvez não esteja disposto a perder a comoção positiva que tomou o país e o mundo nas últimas eleições presidenciais. Talvez esteja ansioso por cuidar de lamber as próprias feridas e precise então, delegar um pouco. A China, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, rompeu a mudez e pediu que a Coreia do Norte interrompesse suas ações e testes nucleares. Estava inquieta e pôs-se a falar contra um seu parceiro ideológico... Uma retaliação poderosa, pois ninguém pode duvidar da força de Pequim. O Japão também reagiu, e acionou a ONU, prometendo adotar severas medidas contra o regime comunista. Há justiça em seus temores, pois os mísseis norte-coreanos apontam para a ilha e os japoneses foram os únicos a experimentar os efeitos de armas atômicas. Armas estas, lançadas pelos EUA. Um dos artefatos que desceu sobre Hiroshima, assombrando o mundo e ferindo por toda a História os japoneses, chamava-se Litle Boy. Não seria inteligente revolver este lodaçal. Assim as ações de embargo vem sendo acirradas, e a probabilidade é que se invista a exaustão na solução diplomática, evitando ações precipitadas como a que foi tomada em relação ao Iraque. Provavelmente a reação armada virá apenas desta forma, como reação, e se for necessário reagir a algum ataque concreto da Coreia do Norte, então Pyongyang perde qualquer eventual proteção, por que não há ideologia que possa vir a apoiar a reedição da dor, nos moldes em que foi impingida no único episódio de nossa história, em que um só menininho foi capaz de ferir tantos homens.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

É canja!

É preciso dar atenção a Sadigão, pois não é de todo simples que duas perdizes e um frango cheio de estilo ocupem um só coração.
Laurentina Valentim é prof. de Geografia
A Sadigão (Sadia& Perdigão reunidas) é o assunto do momento. Se concretizada a fusão das duas empresas brasileiras, o resultado seria a formação de um gigante em seu setor de produção, com percentuais no mercado de massas industrializadas, carnes congeladas, pizzas semiprontas e produtos alimentícios (embutidos em geral), sempre superior aos 60%. Estes números põem todo o mundo financeiro em polvorosa. Os especialistas do setor reconhecem que para ambas as empresas o acordo é vantajoso, a nova empresa teria ampliado seus pontos de venda, a logística de distribuição de produtos seria expandida, sua produção potencializada pela imediata multiplicação dos colaboradores em todas os degraus hierárquicos e até mesmo os preços, dado a nova estatura a partir da fusão, ganhariam alguma flexibilidade. E, no Brasil os consumidores, sequer precisariam passar por estratégias publicitárias de convencimento para adotar a nova marca, pois as perdizes e o franguinho “sem noção” já têm lugar cativo nas geladeiras e mesa dos brasileiros. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), não dá indicativos de que vá sinalizar pelo impedimento da possível fusão, no máximo imporá algumas restrições e nenhuma delas, sob análise, será acachapante. Ao que parece, dor de cabeça mesmo só para as demais empresas do setor no país. O enfrentamento à Sadia e Perdigão em separado já lhes era custoso, uma vez unidas então a concorrência será quase predatória. No cenário internacional, a fusão Sadia – Perdigão poderá vir a ficar em excelente posição, alinhada junto a 9 (nove) outros gigantes do setor, dentre os quais vimos a Kraft Foods e Kellogg. È bom para o Brasil? Para responder a esta questão, precisaremos sublinhar o fato que Sadia e Perdigão dissociadas já são empresas globais, a junção Sadigão (ou Brasil Foods), faz o tamanho da bandeira da empresa ser ampliado e daí pode ser até que dê uma boa canja com a boa cor e sabores nacionais ....